UVAS VINÍFERAS E NÃO VINÍFERAS

A cultura do vinho é uma das atividades mais antigas da humanidade. Começou na Revolução Neolítica (entre 8.000 A.C. a 5.000 A.C.), altura marcada pelo desenvolvimento das sociedades agropastoris e pela sedentarização, em que o Homem deixou de ser dependente das caçadas e viu na agricultura e na pastorícia novas formas de sustento. Mas será que com qualquer uva se faz vinho? Talvez sim, embora nem todas as uvas são permitidas e propícias à produção de vinhos de qualidade e certificados.

Os nomes sugerem, a priori, que viníferas são as que servem para vinificar — conceito que resume o processo de produção do vinho —, por oposição às não viníferas. Em boa verdade, as primeiras são menos simpáticas ao consumo natural, por serem mais amargas e mais adstringentes. As uvas viníferas provêm das vitis vinifera, nome científico das videiras. Dentro das videiras, dependendo da sua genética, é possível encontrar diferentes castas, sendo que cada videira dá origem a uma única casta.

Em alguns países do Velho Mundo, não é permitido produzir vinho a partir de uvas não viníferas. Alguns exemplos mundialmente populares de uvas viníferas são Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Pinot Noir, Tempranillo, Touriga Nacional, Sangiovese, Nebbiolo (também conhecida como Chiavennasca), Riesling, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Grigio.

CONCLUSÃO

Designam-se de viníferas as uvas utilizadas para a produção de vinhos de qualidade e certificados. As não viníferas, embora proibidas para produzir vinhos certificados em países europeus, podem ser utilizadas para produzir vinhos sem certificação nos países do Novo Mundo.

 

Publicado no Jornal do Centro, em 25 de maio de 2018. | http://www.jornaldocentro.pt


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